segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Abismo de Mim Mesmo - Estou Condenado a Ser Livre!

Bom, depois de breve explicação da bacia, devo cometer o ato de justiça de atribuir esse espaço a dois amigos que muito insistiram para que ele acontecesse, obrigado Edson e Alexandre. Não sei por que, nem para que... mas, escrevo mais para mim mesmo do que com qualquer outra pretensão.

Então, inaugurando, somos, eu inclusive, uma “possibilidade” na noite dos séculos... um bocado de pão velho na boca de Khronos, que come seus filhos pelo pior modo possível: a extinção do Tempo.

Essa coisa que assusta e fascina de não sabermos os passos seguintes, não sabermos os sons e as cores do amanhã, nem mesmo se ele virá... isso tudo leva a debruçar-me sobre o abismo de mim mesmo.

Então, um dia, nasci! Não pela vontade da carne ou do amor, mas, citando Sartre “Nasci para satisfazer a grande vontade que eu tinha de mim mesmo”.

Não sei nada de mim... sou o “alpha” da minha história. Sei que já fui criança, e pensava como criança... “criança, esse monstro que os adultos fabricam com suas mágoas”... mas hoje, o que sou hoje?

Não sei!

Sei que sou, necessariamente, o que passa pela ótica do outro, e neste aspecto pouco conta o que os outros fizeram de mim, mas o que eu faço com o que fizeram de mim.

Não quis impor-me a carga brutal de ser alpha e ômega, por isso fiz-me uma só carne e hoje somos quatro, vivendo em um... até o dia em que nenhum mais subsista em si mesmo e o “uno” retorne ao seu pluralismo.

Gênese e Dispersão!

Não sei o quanto vou escrever aqui... nem com que freqüência... mas vou tentar, enfim.

Caminhando sempre e sempre... não para contar o que tenho e o que sou... mas para lembrar-me do que não tenho e sou... do que poderei ter e ser.

 

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